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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Onde é a saída?

A respiração está ofegante, dá para ver o coração bater acelerado, mas o motivo desta vez é diferente do esperado para esses sintomas. São lágrimas. Inesperado? Creio que sim. É um choro de cansaço, de desabafo, de irritação, de desprezo. Mais quantas lágrimas precisarão ser gastas na escuridão solitária desta prisão? Outro desabafo idiota. Outro texto com mesmas palavras que não trazem nada de novo. Eu não quero estar aqui. Por mais quanto tempo vai durar essa pena? Eu estou desabando como a chuva lá fora, em cima destes 'papeis'. Tentando conter os soluços para não assustar os que passam do lado de fora. Nem as palavras que costumam me acalmar conseguem fazê-lo. Estaria eu no meu extremo? Minha cabeça dói. Não consigo enxugar as lágrimas que vêm em grande quantidade. Acho melhor começar a procurar uma escapatória. As paredes estão arranhadas. Os vestígios da insanidade estão por toda parte. Escrever também não traz o conforto necessário, mas ajuda. Amanhã deverá ser mais um dia de nuvens, sem sorrisos irradiantes, sem olhares profundos. Apenas um dia a mais dessa tortura.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Entre ruínas e correntes.

[Chiado] ' E a previsão para hoje é máxima de 22º C...' Foi o que ele ouviu no noticiário enquanto voltava para casa. E sim, o tempo estava agradável. Mas ele já estava cansado daquela rotina. Daquele mesmo caminho que toma todos os dias. Voltar para casa é um tormento. Ter que atravessar aquele portão e colocar um falso sorriso no rosto. Mas ele não aguenta mais isso. O estoque se sorrisos já está escasso. Mas ele não cansa da vida. Jamais. Não há perfeição maior. É na vida que ele encontrou os mais preciosos amigos. E conquistou inestimáveis tesouros. Ele caminha devagar contando e recontando nos dedos, suas próprias e inexplicáveis contagens regressivas que sempre faz. Parece que ainda será uma eternidade. Estaria ele certo em querer fugir? Em deixar tudo para trás e arriscar a vida que tanto quer? São tantos riscos, que no momento parecem tão gratificantes. Hoje ele não se importou em não usar um falso sorriso, apenas mostrou a verdadeira face. Aquela insatisfeita, desgastada e sincera. Não gastou palavras desnecessárias dentro dessas ruínas que estão desmoronando sobre sua cabeça. Ele espera, com toda a paciência que sempre precisou ter. E almeja o dia que poderá escapar das correntes.

domingo, 25 de outubro de 2009

Despercebido e involuntário.

Porque agora eu sei que andar em círculos recitando os mesmos pensamentos, mesmo que com outras palavras, não vão me levar a lugar algum. Continuar riscando um pedaço de papel, fará com que ele acabe se rasgando. E mesmo que agora nenhuma palavra faça sentido, fará depois. Será mais uma pessoa curiosa por novas ideias, e novas experiências. A monotonia cansa não apenas a mim. E eu estou tão cego para os meus próprios desabafos que me esqueço que não são apenas para mim, a partir do momento que aqui são depositados. Posso eu falar das alegrias que me enchem durante uma tarde tranquila de sábado no qual os estudos não me preocupam mais. Posso falar também da imensa saudade de dançar que senti hoje ao ouvir as diferentes melodias. Melodias que fogem da rotina. Textos que fogem da rotina. Se eu tenho um universo tão grande sobre o qual falar, porque insisto em escrever os mesmos fatos? Talvez eu não perceba, ou talvez apenas deixe o fluído de minha mente deslisar pelos meus dedos e logo está lá, formado um novo texto. Tão igual aos outros, mas com um sentimento tão diferente, no fundo. Tão único pra mim. Pois em cada dia que o abstrato tenta se formar em memórias é um novo momento. E lá na frente eu voltarei a ler aquilo que já esteve em mim, para tentar me entender, para comparar quem escreveu com quem agora escreve.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Campo de guerra.

E essa vontade incessável dentro de mim de escrever, de transformar em palavras aquilo que tenho dentro de mim, em cada pedaço da minha alma. A calmaria aparece, como uma bandeira branca em meio a um tiroteio. Mas não demora muito e eu tenho que me jogar contra o chão e protejer minha cabeça das balas que ameaçam minha tranquilidade. Fechar os olhos e voltar para o primeiro dia do oitavo mês é quase inevitável. Estou sempre voltando para lá. As tardes deitado no meu quarto, me lembram tanto as tardes que passamos juntos. O coração que bate no meu peito, sente falta do meu coração que está lá longe, com quem vai sempre possuí-lo. Meus olhos sentem falta das lágrimas que parecem ter fugido para os outros olhos. Ainda escuto o som dos tiros, tentando me acertar. Do outro lado desse campo minado está quem eu quero ver, quem eu tenho para mim. No chão há os rastros os quais eu devo seguir. Já deixei o campo onde a paz reinava. Agora eu tenho que ir para o meu refúgio. Respirar nessa guerra é tão difícil. Mas eu ainda estou vivo. E não vou deixar de lutar. Vou atravessar esse campo cheio de armadilhas. E quando chegar lá, vou olhar para trás e ver o quanto fui forte. E que a calma logo voltará a esse lugar.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Antes do último suspiro.

A noite estava sendo bastante longa. Chovia forte. Eu estava indo me deitar, mas não sentia sono. Estava tão preocupado com o futuro. E o Céu despedaçava-se ferozmente, enquanto eu caminhava descalço pelo chão frio de minha casa silenciosa. Nenhuma mente parecia estar consciênte a essa hora, nenhuma além da minha. Nenhuma nesta casa. Então agarrei o meu cobertor e deitei-me no sofá. Olhando pela janela eu via a peça teatral que a noite havia preparado. O cenário era feito de correntezas que escorriam pelos cantos da rua, ventos fortes que gritavam o esquecimento, e as luzes que não paravam um momento sequer, as luzes que vinham seguidas dos tremores dos trovões. Os personagem principal era o vazio, que preenchia a rua e a sala em que eu me encontrava. Os trovões eram como os medos que me enchiam naquele momento. Os medos do futuro. Um medo que eu trazia comigo, que no fundo todos deveriam ter. O medo da própria morte. Mas não somente isso, mas morrer sem ter vivido. Como poderia qualquer um abandonar essa vida sem ter conquistado o que almejava? E eu temi. Eu quero poder tentar. Não quero esperar o meu último suspiro para pensar no que eu poderia ter feito. Eu quero fazer o agora. E como eu quis adormecer para acordar mais próximo dos meus objetivos. Mas não foi o que aconteceu, me lembrei que minha batalha estava apenas começando. Tomei forças e me preparei para o que ainda está pro vir.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Através do vidro.

E eu despistei o silêncio. Me escondi do isolamento. Mesmo assim, não consegui deixar de pensar um instante sequer. No fundo, minh'alma torcia para que tudo simplesmente voltasse ao normal. Durante várias vezes no dia fechei os olhos e suspirei fundo visando manter a sanidade. Olhei para o Céu procurando respostas, palavras. Senti falta. E o nublado não parecia trazer nada de novo para os meus olhos. Fiquei imaginando onde estaria o meu coração nesse momento. Se ainda estaria pulsando. A estrada em movimento manteve os meus pensamentos estáveis. Sorrisos não tão verdadeiros foram gastos quando necessários. E como a Lua estava encantadora no dia anterior. Isso que me fascina nela, mesmo que tudo esteja desmoronando ela não deixa de brilhar. A cronologia foge das minhas linhas. E o tempo parou. Veio a resposta e eu pude finalmente ter um sorriso verdadeiro em meu rosto de novo. Voltar para casa pareceu um momento de felicidade. Pude olhar para o Céu escuro através do vidro em movimento. E por mais sombrio que estivesse eu pude ver um sinal novamente. Um sinal que me traz a motivação de continuar tentando.

Não devo.

'Não devo duvidar. Não irei duvidar. Não demostrarei insegurança.' A partir de hoje é isso que ficará repetindo em minha mente incessávelmente. Porque acho que só assim eu aprenderei. Me sinto um ignorante, um estúpido. Não sei. Depois de errar tantas vezes eu insisti no erro. Mas, não ira mais acontecer. Porque eu não vou mais duvidar. Essa tristeza que me invade, poderia ter sido evitada, se eu tivesse medido minhas palavras. Por mais que eu não queria ter feito isso eu fiz. E esse sentimento ruim podia passar logo. Esse silêncio gélido entre nós que me machuca, podia simplesmente se transformar nas belas palavras que sempre foram. Mas é para isso que existem os erros, para que possamos crescer com eles. E não fazê-los nunca mais. E eu não vou. Porque eu tenho a certeza. E agora devo aguentar as consequências do meu erro. Espero que a calmaria não tarde a chegar, pois o nosso dia está próximo. E as pedras de gelo no caminho derreterão com o calor que o Sol trará entre nós.

sábado, 10 de outubro de 2009

Onde eu quero estar.

Como eu odeio esse lugar. Odeio não poder estar onde eu queria estar. Onde meu coração quer estar. Sou obrigado a obedecer aqueles que ainda são responsáveis por mim. Não sei mais o que eu tenho que fazer. Não sei o que escrever, apenas escrevo. Preciso tirar essa angústia, essa insatisfação que me consome. A tristeza agora faz companhia para a saudade que explode o meu coração. E não só o meu coração, o de outra pessoa também. Preciso agir. Criar um novo plano, ter uma nova ideia. Ficar aqui já não é mais viável. Meus olhos opacos estão cansados de finjir que brilham para as pessoas que eles não querem brilhar. Minha voz está cansada de finjir que está alegre ao trasformar-se em palavras. Até no meu sono, os desejos aparecem e tomam forma. Sonho com quem realmente faz meus olhos brilharem. Nem as melodias conseguem me confortar. O tempo só faz parecer que estou perdendo mais. A solidão é o que parece estar mais próximo da calma. É quando a minha mente pode descansar ou sofrer mais. É quando eu posso fechar os olhos e viajar para longe daqui...para perto de onde eu quero estar.

sábado, 3 de outubro de 2009

Caminho de sangue.

O mundo realmente não gira ao meu favor. O que mais eu preciso fazer pra alcançar aquilo pelo que eu tenho lutado tanto? A verdade apareceu, mesmo que contra a minha vontade e eu continuo preso. Não era esse o combinado. Era a verdade pela liberdade. Mas parece que não foi o suficiente. Eu tenho que continuar me arrastando pelo arame farpado. Continuar fazendo todos sofrerem, só para que eu consiga realizar-me. Mas agora não é o que me preocupa. É que eu sou simplesmente um inútil. Um incapaz de ajudar. Eu não sou a pessoa que pode ajudar. O que eu sou agora? Inúmeras perguntas martelam na minha cabeça. Eu sempre me deparando com bifurcações no caminho. Uma tempestade na minha cabeça. Estou me afastando de todos. O problema sou eu. Por isso eu não posso ajudar. Porque pra isso, eu teria de sumir. Seria essa a solução? Parece que eu to controlando o frio que envolve o ar. A escuridão incessável. Não ouço as palavras que me confortariam. Só ouço críticas. Parece que quando tudo deveria ser mais fácil, todos os ventos sopram contra mim. E sopram forte. Meu coração grita como se estivessem perfurando-o. Ele chora lágrimas de sangue. Lágrimas que não se cansam, por tantos motivos que já nem sabem mais. Somente chora, com bastante dor. E a música que tenta me confortar continua tocando ao fundo, incansavelmente. É tudo que eu consigo fazer. Meu esforço parece ser em vão. Há muito sangue no caminho onde passei. As pedras estão cada vez mais difíceis de serem passadas. Mas eu não vou desistir. Minha força tem que aparecer de algum lugar. A Lua tem que sair de trás das nuvens, e brilhar novamente. Antes que seja tarde demais e eu fique inconsciente, caído no chão molhado e frio.